O LABIRINTO
– COMO BUSCAR UM CAMINHO, UMA SAÍDA DIFERENTE PARA ESTE LABIRINTO!
Quando a pessoa obesa chega ao seu limite e decide buscar ajuda, sua situação é equivalente a de quem está perdida em um labirinto e necessita encontrar a saída.
O vínculo aditivo, cultural e psicológico aprisiona a pessoa em uma situação ambivalente – querer baixar o peso e não poder. Decepciona e confunde. Dissolve todas as opções que se apresentam, regressando sempre ao inicio. – Um lugar de impotência, do desejar e não poder…
Assim é o Circuito Vicioso, que toma forma de labirinto, que terrivelmente você pode estar toda sua vida sem poder sair e pior, sem reconhecer que está “atrapado” *(aprisionado), emaranhado em uma teia tão única, que é capaz de criar uma fantasia de uma sensação de movimento.
– Adoro está palavra (atrapado), acostumem, assim estamos. A abrangência do seu significado dado por Dr. Ravenna Z”L é muito mais que aprisionado, é também um emaranhado em uma teia de múltiplas coisas que te enroscam. Aquele momento que você não consegue explicar o porquê não consegue parar. Esta é a minha experiência que aprendi a reconhecer no âmbito de uma única palavra.
– Esta leitura de labirinto para este aprisionamento, feita pelo Dr. Ravenna é brilhante. Um lugar fechado, que pode até ter mais de uma saída possível. Quais são suas teias que te emaranham? Você se sente assim neste processo do seu corpo x alimento? O grande valor do Método Ravenna é ser capaz de unir forças e transitar com você neste labirinto, encontrando um novo caminho que o leve de fato a uma saída “definitiva” ou possível.
– O Circuito do Alfajor – quando a Compulsão disfarça a verdade (a dor)
Quando alguém emocionalmente equilibrado passa por uma noite ruim, que pode ser por uma insônia, preocupações do trabalho, afetivas ou econômicas, normalmente esta pessoa encontra condições para buscar a solução mais apropriada para o problema, durante o dia seguinte. Reconhecerá a angústia diante do problema que não tem solução fácil e buscará a forma de resolvê-lo sozinho, buscando ajuda de um profissional ou de um amigo.
No caso dos “vinculados” ou dependentes, sempre há o recurso ao seu alcance para aliviar e desconectar a tensão. Para uma pessoa com problema alimentares e com excesso de peso, o alfajor pode ser a solução. Uma boa saída para sua frustração ou conflito. Come e se alivia, a questão muda para – estava de dieta e fugi, quebrei. Fica angustiado, come outro, outro e talvez mais outro até que invade uma dor na alma, no corpo. A angústia aumenta, só que outra vez… já não é o problema original. É provável que nem lembrará mais do problema disparador e sim, a ruptura do seu plano alimentar. Porque ao engordar repete a mesma história de toda uma vida: estar gordo, estar de dieta e agora, compulsivo.
Talvez consiga lutar e voltar no dia seguinte. Talvez consiga mesmo! Curiosamente, esta conquista vai fazer com que se sinta aliviado e ganhador, podendo terminar o dia eufórico, retornando a seguir com seu processo de emagrecimento.
Este paradoxo do êxito conquistado, poder frear a compulsão. É o que vai ocultar o conflito inicial, que o levou a comer o primeiro alfajor, sem fome nem prazer. Seguramente nem lembrará porque acordou mal, com quem brigou ou o que lhe preocupava. O concreto deste episódio é o CORTE com o descontrole, como um disfarce para ocultar o real incômodo.
Os que por uma baixa capacidade de tolerância a frustração recorrem reiteradamente a “consumos” compensatórios não desfrutam nem do alfajor e nem da resolução do problema. O alfajor em si não é o mau da história e sim como se o utiliza. Deste modo, se transforma em um sensação de prazer, momentâneo e sobre tudo, irá profundamente esconder a verdade que teria que ser enfrentada.
Haverá quem coma em excesso por diferentes problemas. Com o passar do tempo, o problema poderá ser resolvido e a comida ficará depositada como gordura, passando a ser o problema real. Toma um caminho próprio e se instala, então o obeso pergunta ao Dr. Ravenna: o que acontece com comigo? Ele responde: “Nada, está comendo, e está comendo porque está obeso e não consegue parar, pela genética, pela sociedade, preguiça, conduta ou por simples hábito.” Tudo impede que possa sair deste circuito e favorece a entrada ao caminho da obesidade.
Neste caminho, a obesidade origina-se em um descuido ou na somatória de vários, neste prazer momentâneo que nos permitimos, sem considerar as consequências. Talvez internamente situações problemáticas já aconteciam. De repente cai-se na tentação, desembocando neste processo de debilidade-prazer instantâneo.
Deve-se assumir sim que de fato tomou a decisão de experimentar este pedaço de alfajor porque sentia-se muito pressionado e não tinha energia para resistir, estava vulnerável. Deepak Chopra disse, “cada um deve responsabilizar-se pela própria adição, por sua compulsão ou dependência”. Assumir que “comi e nem percebi” é na realidade, “decidi comer”. Devo me responsabilizar pelo meu ato.
Toda tentação implica em uma decisão. A responsabilidade da exposição a tentação é de cada um. Assim deixará de culpar aos outros pela decisão tomada.
Para não começar a transitar o caminho da obesidade, cada um deve considerar as consequências e pensar que ao se desconectar, está aceitando entrar na tentação momentânea, provocando a queda e perda de controle. Rapidamente estará cheio, com todos os neurotransmissores confusos, com dores de estomago, culpa e a preocupação instalada.
*** Trecho do Livro – Una Delgada Línea … Entre el Excesso y la Medida – Dr. Máximo Ravenna Z”L