Blog Moema Soares
Espaço para divulgar uma nova maneira de viver, muito mais feliz e saudável!
Quando a cultura do “fast-food” atinge outras proporções:
- Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a Obesidade é uma das doenças que mais cresce no mundo. Desta forma, começamos também, como sociedade, a buscar infinitas soluções para este problema. A grande questão é o “vale-tudo” na hora de emagrecer.
- Muitos dos problemas que hoje “alimentam” o ambiente obesogênico, que se instaurou na sociedade, advém da lógica pós-moderna. Trata-se de uma lógica de consumo de produtos de uma forma rápida e dispensável. Então hoje vivemos em uma sociedade que trabalha numa lógica de “fast-food”, procurando soluções rápidas e tratando sempre de pensar no próximo problema. Assim como todas as coisas na vida, está forma de pensar acarreta coisas boas e, também, coisas ruins.
- Entretanto, precisamos estabelecer um limite que não deve ser ultrapassado. Acima temos a notícia do falecimento de Paulinha Abelha, cantora do Calcinha Preta, que falece devido a um conjunto de fatores, entre eles o uso excessivo de medicações. A lógica do fast-food produz uma banalização do uso de medicamentos na vida cotidiana. Uma solução prática e fácil para a resolução de problemas profundos, enraizados no âmago da pessoa.
- Quando se escuta uma notícia como esta, é necessário questionar-se: por que tenho que tomar uma pílula para realizar cada tarefa do meu dia? Porque preciso que toda a minha vida esteja chancelada por essas soluções imediatas?
- No tratamento da obesidade, estas soluções também começam a ser aplicadas. Porém, a de se perguntar: serão elas duradouras? Serão elas saudáveis?
- A sociedade está constantemente nos pedindo demasiadas soluções que aparentemente são includentes. Sejam pais presentes, pessoas dedicadas ao trabalho, que pratiquem atividade física; não sobra nem tempo para respirar em meio a tantas tarefas. O “fast-food” não apenas como conceito de comida, mas como conceito de vida, torna-se muito sedutor.
- Porém, é preciso ter cuidados com os exageros. O uso excessivo de medicações no nosso cotidiano cobra um preço. Um preço quiçá que você não esteja disposto a pagar. No meio de um mundo que te empurra para o “fast-food”, as vezes é melhor se buscar a solução menos imediata, mais engajada.
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O Desenho da Obesidade
AGORA • Puro Prazer (comida deliciosa). Falta de limites (“só um pouquinho a mais…)
HOJE • Desconforto (preocupação, culpa, remorso). Compensar ou olhar para o outro lado.
AMANHÃ • Vontade de mais comida (voracidade). Fome aumentada e roupa apertada.
FUTURO • Quilos aumentados. Autoestima em queda, movimento rebaixado, envelhecimento prematuro, resignação, tentativas de retomada como alívio, aburguesamento, negação: “não me importa… , que delicia que é comer! Poder comer sem limites (domínio equivocado), a hora que quiser controlo (onipotência). A vida está para ser vivida… (realçar o único prazer). Meu conceito está perfeito”.
Com base no dito até agora, estamos em condições de responder a seguinte pergunta:
Por que está Obeso o Obeso?
• Porque está vivendo em um mundo atual quieto, que predispõe a estar gordo.
• Porque sua preguiça gera um sedentarismo excessivo. Além disso, come por hábito familiar e se contata sempre via comida, o que o leva a comer muito mais do que necessita.
• Porque a voracidade faz parte da sua personalidade (ou a sua química, seus genes ou situações aprendidas). Muito distante de ser uma pessoa frustrada, participa do perfil das pessoas que não querem acordo com limites.
• Porque o comer figura como distração ou fuga, igual que para outros o trabalho, o sexo, o cigarro, o jogo, o álcool ou a adrenalina.
• Por volúpia, por entregar-se ao gozo de: “quero muito e tudo sem parar” (sem ter a noção do quão perigoso é este sistema alimentar que te coloca em uma zona de risco, aonde quanto mais come menos se sacia).
• Porque, desde o nascimento, o comer se associa a um prazer primário, um bem-estar, ao afeto, ao calor e ao conforto (em vez de estar presente outros recursos mais elaborados).
• Porque, quanto mais gordo está, mais necessita continuar comendo para alimentar a essas células que pedem permanentemente energia.
• Porque, quando mais gordo se está, menos se move o corpo e mais se engorda com a mesma quantidade de comida. Baixa queima de energia.
• Porque, a genética está presente, a herança humana de poupadores de energia e os neurotransmissores envolvidos.
• Porque seu vinculo com a comida o aprisiona em uma reação de dependência e de apego com um custo muito alto para desprender-se dela.
Baseado no Livro – Una Delgada Línea, …Entre o Excesso e a Medida.
Dr. Máximo Ravenna Z”L
O Domínio sobre as Próprias Forças – Parte 3
A mudança de hábitos é possível?
O que se sabe é que existem poucos hábitos que se aprendem na fase adulta. A maioria vem da infância ou da primeira experiência. Fica claro então que um novo hábito, em um adulto, tem que ser repetido muitas e muitas vezes. Não é algo natural.
Então, como fazer? Se existe o desejo de não cumprir este novo hábito e retomar a conduta anterior? Será de fato um exercício para validar o desejo de manter este lugar do peso ideal, com a compreensão do que de fato é bom e mau para você.
Esta conquista é de uma construção interna de capacidade. Neste lugar, ficará marcada esta sensação de que sua maior impotência se transformará em potência. E será um valor que nos tocará. Poderá ser ameaçado pelos percalços ainda não vividos. Mas poderá repetir o caminho de que a comida é a solução. Acredite: retomada, treino e re-treino estarão ao seu alcance. Não se sinta impostor e sim que “ainda não pode totalmente”.
COMECE, RETOME, ACREDITE!!!
Trecho do livro Una Delgada Línea …Entre el Excesso y la Medida
Dr. Máximo Ravenna Z”L
Domínio sobre as próprias forças – parte 2
O obeso tem uma limitação real: vê a comida e come; se está próxima, agarra; Se come, engorda; se engorda, se deprime. Todo este circuito, que aparece abruptamente, se produz porque a comida pode mais? Será mesmo? Ou será porque não foi tomada uma decisão firme?
Mas, e agora, existe esperança? A esperança se perde quando se está distraído? Como fazer para estar atento? A princípio, o foco tem que estar em função de desarmar e desarticular as estratégias tatuadas através dos anos para suportar o insuportável:
“Estou tão mal…”. Ou pior: “Estou tão mal que já não vale mais a pena tentar mais nada..”?
Nesse estado emocional, a pessoa se entrega. Seus sentimentos serão opostos ao de quem vai baixar de peso. O pensamento então será: Que bom que é comer pizza!” (Sim! Exatamente isso).
Entretanto, no momento em que esta pessoa está envolvida no processo de emagrecimento, o posicionamento é outro: “Me sinto tão bem! Volto a acreditar que é possível emagrecer”.
O grande temor não é como o obeso se vê neste momento, nem como se via 5 kg atrás. O grande temor é ver os 25 kg adiante. Aí está o destino da pessoa obesa, porque responde a uma profecia biológica e psicológica. O obeso, em uma caminhada livre, termina mais obeso. Porém, uma obesidade controlada vai terminar em peso equilibrado, e, mantido esse peso, vai melhorar sua qualidade de vida.
O esforço para reduzir peso pode gerar um grande prazer. Já o oposto, o abandono será convertido em sofrimento. Além disso, quando existe uma dor muito profunda, o obeso poderá escolher a negação do que realmente sente e irá caminhar aos tropeços com seus 150 kg ou mais.
E agora? É possível os obesos largarem a comida ainda que seja por um único dia da vida? Sim! E conseguir esse feito será uma grande demonstração do domínio sobre seus impulsos e da capacidade de mudar a rotina da vida, mesmo que seja por um único dia. O contrário é pensar que está à mercê do destino, dos anos, dos quilos, do excesso de comida.
Trecho do livro Una Delgada Línea …Entre el Excesso y la Medida
Dr. Máximo Ravenna Z”L
Domínio sobre as próprias forças
Evidentemente o comer é um argumento, uma técnica, um prazer (por que não?), uma distração e um acompanhamento da vida toda. Se fica à espera do tal do click, que vai trazer a mudança de enfoque.
Hum… esse click no geral não chega… Só chega quando você se animar a dizer: “Tenho que parar! Modificar a maneira a qual eu como”!
Tomar a decisão de forma dramática também vai influenciar no seu estado de ânimo. Então, veja: se rio das coisas que faço, do que deixo de fazer, se rio de mim mesma, da minha própria gordura e meus desbordes, vou rir também da dieta. Não é possível lidar com a dieta com os dentes travados, porque as forças vão se esgotar.
Não perca a esperança! É possível estar muito bem, mesmo depois do emagrecimento, na manutenção de peso?
Sim, e para isso você deve comer moderadamente e com prazer. Se permitir uma gostosura de vez em quando. Mas cuidado: quando esta gostosura virar permissividade, volte atrás! O importante é detectar a tempo que é uma situação de risco e pode piorar.
Existe algo que supera todas as decisões do mundo e não implica tomar decisão ou determinação: basta se animar! É a comida que nos faz pensar, e não é você que escolhe pensar na comida.*
*A comida aditiva provoca este efeito! Você acha que está escolhendo pensar nela, mas na verdade a química dela é que comanda suas escolhas e seus pensamentos.
Trecho do livro Una Delgada Línea …
Entre el Excesso y la Medida – Dr. Máximo Ravenna Z”L
Minha Homenagem a Dr. Ravenna Z”L
Como prestar uma homenagem a uma pessoa tão especial, com tantos significados na minha vida… uma inspiração, uma descoberta de capacidade, uma força, divertimento, aventura, coragem, amizade, médico, mentor, terapeuta… guru (ele não gostava deste papel), mas de fato era… Dr. Ravenna, depois como sócio Máximo ou Max.
E agora… decidi traduzir trechos do seu primeiro livro sobre o Método Ravenna. Quando releio vejo o quanto atual continua… Imagina, a publicação inicial é de 2004, 01 de novembro. Gosto deste dia do mês, pois foi quando em 2007 cheguei na minha meta, 01/11/2007, depois de 7 meses de tratamento diretamente com ele, onde reduzi 47 kg. Exato 03 anos depois da publicação deste primeiro registro do método.
Já tinha como missão este trabalho que levo, junto com uma equipe maravilhosa, para as pessoas que passam e passaram por este mesmo sofrimento que vivi. Me honra muito poder participar da superação e conquista de cada paciente e são muitos. Estamos entrando no décimo segundo ano trabalhando com o Método Ravenna no Brasil. Agora mais do que nunca, reafirmo meu compromisso! Espero que vocês gostem.
Vou contar passagens do meu processo de emagrecimento e manutenção, até hoje, durante os trechos do livro que vou trazer para vocês.
Uma linha tênue entre o excesso e a medida
O LABIRINTO
– COMO BUSCAR UM CAMINHO, UMA SAÍDA DIFERENTE PARA ESTE LABIRINTO!
Quando a pessoa obesa chega ao seu limite e decide buscar ajuda, sua situação é equivalente a de quem está perdida em um labirinto e necessita encontrar a saída.
O vínculo aditivo, cultural e psicológico aprisiona a pessoa em uma situação ambivalente – querer baixar o peso e não poder. Decepciona e confunde. Dissolve todas as opções que se apresentam, regressando sempre ao inicio. – Um lugar de impotência, do desejar e não poder…
Assim é o Circuito Vicioso, que toma forma de labirinto, que terrivelmente você pode estar toda sua vida sem poder sair e pior, sem reconhecer que está “atrapado” *(aprisionado), emaranhado em uma teia tão única, que é capaz de criar uma fantasia de uma sensação de movimento.
– Adoro está palavra (atrapado), acostumem, assim estamos. A abrangência do seu significado dado por Dr. Ravenna Z”L é muito mais que aprisionado, é também um emaranhado em uma teia de múltiplas coisas que te enroscam. Aquele momento que você não consegue explicar o porquê não consegue parar. Esta é a minha experiência que aprendi a reconhecer no âmbito de uma única palavra.
– Esta leitura de labirinto para este aprisionamento, feita pelo Dr. Ravenna é brilhante. Um lugar fechado, que pode até ter mais de uma saída possível. Quais são suas teias que te emaranham? Você se sente assim neste processo do seu corpo x alimento? O grande valor do Método Ravenna é ser capaz de unir forças e transitar com você neste labirinto, encontrando um novo caminho que o leve de fato a uma saída “definitiva” ou possível.
– O Circuito do Alfajor – quando a Compulsão disfarça a verdade (a dor)
Quando alguém emocionalmente equilibrado passa por uma noite ruim, que pode ser por uma insônia, preocupações do trabalho, afetivas ou econômicas, normalmente esta pessoa encontra condições para buscar a solução mais apropriada para o problema, durante o dia seguinte. Reconhecerá a angústia diante do problema que não tem solução fácil e buscará a forma de resolvê-lo sozinho, buscando ajuda de um profissional ou de um amigo.
No caso dos “vinculados” ou dependentes, sempre há o recurso ao seu alcance para aliviar e desconectar a tensão. Para uma pessoa com problema alimentares e com excesso de peso, o alfajor pode ser a solução. Uma boa saída para sua frustração ou conflito. Come e se alivia, a questão muda para – estava de dieta e fugi, quebrei. Fica angustiado, come outro, outro e talvez mais outro até que invade uma dor na alma, no corpo. A angústia aumenta, só que outra vez… já não é o problema original. É provável que nem lembrará mais do problema disparador e sim, a ruptura do seu plano alimentar. Porque ao engordar repete a mesma história de toda uma vida: estar gordo, estar de dieta e agora, compulsivo.
Talvez consiga lutar e voltar no dia seguinte. Talvez consiga mesmo! Curiosamente, esta conquista vai fazer com que se sinta aliviado e ganhador, podendo terminar o dia eufórico, retornando a seguir com seu processo de emagrecimento.
Este paradoxo do êxito conquistado, poder frear a compulsão. É o que vai ocultar o conflito inicial, que o levou a comer o primeiro alfajor, sem fome nem prazer. Seguramente nem lembrará porque acordou mal, com quem brigou ou o que lhe preocupava. O concreto deste episódio é o CORTE com o descontrole, como um disfarce para ocultar o real incômodo.
Os que por uma baixa capacidade de tolerância a frustração recorrem reiteradamente a “consumos” compensatórios não desfrutam nem do alfajor e nem da resolução do problema. O alfajor em si não é o mau da história e sim como se o utiliza. Deste modo, se transforma em um sensação de prazer, momentâneo e sobre tudo, irá profundamente esconder a verdade que teria que ser enfrentada.
Haverá quem coma em excesso por diferentes problemas. Com o passar do tempo, o problema poderá ser resolvido e a comida ficará depositada como gordura, passando a ser o problema real. Toma um caminho próprio e se instala, então o obeso pergunta ao Dr. Ravenna: o que acontece com comigo? Ele responde: “Nada, está comendo, e está comendo porque está obeso e não consegue parar, pela genética, pela sociedade, preguiça, conduta ou por simples hábito.” Tudo impede que possa sair deste circuito e favorece a entrada ao caminho da obesidade.
Neste caminho, a obesidade origina-se em um descuido ou na somatória de vários, neste prazer momentâneo que nos permitimos, sem considerar as consequências. Talvez internamente situações problemáticas já aconteciam. De repente cai-se na tentação, desembocando neste processo de debilidade-prazer instantâneo.
Deve-se assumir sim que de fato tomou a decisão de experimentar este pedaço de alfajor porque sentia-se muito pressionado e não tinha energia para resistir, estava vulnerável. Deepak Chopra disse, “cada um deve responsabilizar-se pela própria adição, por sua compulsão ou dependência”. Assumir que “comi e nem percebi” é na realidade, “decidi comer”. Devo me responsabilizar pelo meu ato.
Toda tentação implica em uma decisão. A responsabilidade da exposição a tentação é de cada um. Assim deixará de culpar aos outros pela decisão tomada.
Para não começar a transitar o caminho da obesidade, cada um deve considerar as consequências e pensar que ao se desconectar, está aceitando entrar na tentação momentânea, provocando a queda e perda de controle. Rapidamente estará cheio, com todos os neurotransmissores confusos, com dores de estomago, culpa e a preocupação instalada.
*** Trecho do Livro – Una Delgada Línea … Entre el Excesso y la Medida – Dr. Máximo Ravenna Z”L